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O EREMITA |
Cinco motivos para ficar em silêncio
O conhecimento de si mesmo e do outro surgem com a quietude
Por Ana Maria Madeira Publicado em 29/12/2010
Fones de ouvido o dia inteiro, o barulho do trânsito, televisores espalhados nos restaurantes: é fato que vivemos com uma mentalidade predominante de que o silêncio não é bem-vindo. Engatamos um assunto no outro, sem prestar atenção na conversa, sem ouvir, apenas esperando nossa vez de falar, só para que o silêncio não venha.
A maioria das pessoas evita o chamado silêncio constrangedor. "Além disso, os tempos atuais praticamente nos obrigam a fazer tudo ao mesmo tempo, acabamos com o ruído de várias tarefas, sem poder direcionar nossa mente tranquila a uma atividade de cada vez", diz o terapeuta holístico Walter Alexandre. Realizar as tarefas com mais consciência e concentração é só mais um dos benefícios que a quietude proporciona. Mais do que isso o silêncio também é uma de autoconhecimento. Conheça mais motivos para ficar calado.
A maioria das pessoas evita o chamado silêncio constrangedor. "Além disso, os tempos atuais praticamente nos obrigam a fazer tudo ao mesmo tempo, acabamos com o ruído de várias tarefas, sem poder direcionar nossa mente tranquila a uma atividade de cada vez", diz o terapeuta holístico Walter Alexandre. Realizar as tarefas com mais consciência e concentração é só mais um dos benefícios que a quietude proporciona. Mais do que isso o silêncio também é uma de autoconhecimento. Conheça mais motivos para ficar calado.
1. Há momentos em que só o silêncio comunica
Como bem diz a tradução da música Enjoy the Silence, do grupo inglês Depeche Mode, "emoções são intensas e palavras são banais". Não somos capazes de exprimir todos os nossos sentimentos em palavras. Isso ocorre não por não sabermos o que estamos sentindo, mas porque a linguagem não dá conta de exprimir toda a gama de sensações e mistura de pensamentos de algumas situações. Respeite os momentos em que não houver nada para ser dito, mas não se esqueça de compartilhar o silêncio. "É possível estar em silêncio e bem acompanhado, pois o olhar, o toque e os gestos podem dizer muito mais que palavras jogadas ao vento", de acordo com Walter.
2. Conheça melhor o outro
Ao estarmos quietos com o outro, se cria uma superfície de contado com o silêncio inconsciente. "O silêncio interno, ou seja, o estar atento, é fundamental para ouvirmos melhor o outro e também para deixar que o outro fale por si, sem ser conduzido pela interpelação do nosso raciocínio. Este é o verdadeiro ouvir: respeitar o silêncio", diz a psicanalista Karin Szapiro.
Como bem diz a tradução da música Enjoy the Silence, do grupo inglês Depeche Mode, "emoções são intensas e palavras são banais". Não somos capazes de exprimir todos os nossos sentimentos em palavras. Isso ocorre não por não sabermos o que estamos sentindo, mas porque a linguagem não dá conta de exprimir toda a gama de sensações e mistura de pensamentos de algumas situações. Respeite os momentos em que não houver nada para ser dito, mas não se esqueça de compartilhar o silêncio. "É possível estar em silêncio e bem acompanhado, pois o olhar, o toque e os gestos podem dizer muito mais que palavras jogadas ao vento", de acordo com Walter.
2. Conheça melhor o outro
Ao estarmos quietos com o outro, se cria uma superfície de contado com o silêncio inconsciente. "O silêncio interno, ou seja, o estar atento, é fundamental para ouvirmos melhor o outro e também para deixar que o outro fale por si, sem ser conduzido pela interpelação do nosso raciocínio. Este é o verdadeiro ouvir: respeitar o silêncio", diz a psicanalista Karin Szapiro.
3. Conheça melhor a si mesmo
"O silêncio é essencial para a reflexão", diz o terapeuta Walter Alexandre. E só refletindo que podemos compreender situações pelas quais passamos e nossas atitudes diante delas - ou seja, o silêncio pode ser um ótimo terapeuta. Quem não é capaz de refletir, também jamais conseguirá evoluir. Assim, a pessoa vai convivendo com os mesmos erros e perpetuando mágoa atrás de mágoa em sua vida.
"Escolha um lugar em que se sinta a vontade para se desliguar do mundo por alguns instantes. Repense como foi seu dia, desde o momento em que você acordou. Você encontrará mais do que situações em que se sentiu injustiçado ou azarento, pois vai exercitar a capacidade de pensar maneiras mais adequadas de lidar com aquela situação estressante", diz Walter.
"O silêncio é essencial para a reflexão", diz o terapeuta Walter Alexandre. E só refletindo que podemos compreender situações pelas quais passamos e nossas atitudes diante delas - ou seja, o silêncio pode ser um ótimo terapeuta. Quem não é capaz de refletir, também jamais conseguirá evoluir. Assim, a pessoa vai convivendo com os mesmos erros e perpetuando mágoa atrás de mágoa em sua vida.
"Escolha um lugar em que se sinta a vontade para se desliguar do mundo por alguns instantes. Repense como foi seu dia, desde o momento em que você acordou. Você encontrará mais do que situações em que se sentiu injustiçado ou azarento, pois vai exercitar a capacidade de pensar maneiras mais adequadas de lidar com aquela situação estressante", diz Walter.
4. Valorize os assuntos relevantes
Quando buscamos eliminar o silêncio a todo custo, tendemos a preencher um vazio que habita nossa personalidade. Assim, pode-se perceber um sintoma nítido: fala-se muito sobre coisas fúteis e os assuntos importantes provocam aquele constrangimento e ficam de lado. Quantas vezes você não se deparou com a seguinte situação: em uma roda de conhecidos, quando surge um assunto polêmico e muita gente fica sem graça na hora e até pede para que mudem de assunto? Assim, discussões importantes ficam de lado e problemas ancestrais nunca serão resolvidos - pois o maior segredo para resolver uma situação é falar sobre ela.
Isso vale também para os relacionamentos, é a famosa regra do diálogo, por mais que pareça clichê. "Manter o entusiasmo inicial no relacionamento requer a conversa para que ambos exponham não só suas insatisfações, mas também a admiração pelo parceiro, fundamental em qualquer relação", diz a psicóloga Margareth dos Reis.
Quando buscamos eliminar o silêncio a todo custo, tendemos a preencher um vazio que habita nossa personalidade. Assim, pode-se perceber um sintoma nítido: fala-se muito sobre coisas fúteis e os assuntos importantes provocam aquele constrangimento e ficam de lado. Quantas vezes você não se deparou com a seguinte situação: em uma roda de conhecidos, quando surge um assunto polêmico e muita gente fica sem graça na hora e até pede para que mudem de assunto? Assim, discussões importantes ficam de lado e problemas ancestrais nunca serão resolvidos - pois o maior segredo para resolver uma situação é falar sobre ela.
Isso vale também para os relacionamentos, é a famosa regra do diálogo, por mais que pareça clichê. "Manter o entusiasmo inicial no relacionamento requer a conversa para que ambos exponham não só suas insatisfações, mas também a admiração pelo parceiro, fundamental em qualquer relação", diz a psicóloga Margareth dos Reis.
5. Combata o estresse
O barulho perturba muito mais do que aquele silêncio inquietante, pois não é natural, mas sim provocado pelos inúmeros aparelhos que o homem criou. "O ruído além de gerar estresse, hipertensão, problemas cardiovasculares e alterações pulmonares, provoca um aumento na secreção de adrenalina, que conduz a uma hiperexcitação capaz de gerar comportamentos estranhos nos indivíduos", diz o terapeuta holístico Walter Alexandre.
Diante dessa exposição inevitável do dia a dia, o segredo é aprender a relaxar até nos lugares mais inusitados, como no trânsito ou na fila do banco. "Ao relaxarmos a mente, fazemos com que ela fique tranquila mesmo com os ruídos lá fora. Nesse momento do relaxamento, nosso cérebro deixa de dar atenção ao barulho, diminuindo o estresse e ansiedade", diz Walter. Para relaxar, basta sentar ou deitar num lugar calmo e respirar profundamente várias vezes. Nessa hora, é importante dar um comando mental para que todos os problemas da vida fiquem do lado de fora.
O barulho perturba muito mais do que aquele silêncio inquietante, pois não é natural, mas sim provocado pelos inúmeros aparelhos que o homem criou. "O ruído além de gerar estresse, hipertensão, problemas cardiovasculares e alterações pulmonares, provoca um aumento na secreção de adrenalina, que conduz a uma hiperexcitação capaz de gerar comportamentos estranhos nos indivíduos", diz o terapeuta holístico Walter Alexandre.
Diante dessa exposição inevitável do dia a dia, o segredo é aprender a relaxar até nos lugares mais inusitados, como no trânsito ou na fila do banco. "Ao relaxarmos a mente, fazemos com que ela fique tranquila mesmo com os ruídos lá fora. Nesse momento do relaxamento, nosso cérebro deixa de dar atenção ao barulho, diminuindo o estresse e ansiedade", diz Walter. Para relaxar, basta sentar ou deitar num lugar calmo e respirar profundamente várias vezes. Nessa hora, é importante dar um comando mental para que todos os problemas da vida fiquem do lado de fora.
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